Comportamento dos Fluxos Noturnos de CO2 Atmosférico em um Ecossistema de Manguezal da Amazônia
Paulo
Jorge
Oliveira, Universidade Federal Rural da Amazônia, pj@ufra.edu.br
(Presenting)
Yadvinder
Singh
Malhi, University of Edinburgh, ymalhi@ed.ac.uk
Jose Maria
Nogueira da
Costa, Universidade Federal de Viçosa, jmncosta@ufv.br
Edson
José Paulino
Rocha, Universidade Federal do Pará, eprocha@ufpa.br
João
Batista Miranda
Ribeiro, Universidade Federal do Pará, jbmr@ufpa.br
Julia Clarinda Paiva
Cohen, Universidade Federal do Pará, jcpcohen@ufpa.br
Rafael
Ferreira da
Costa, Universidade Federal da Paraiba, rfcostampeg@bol.com.br
Marco Antonio
Vieira, Universidade Federal do Pará, marco.98@bol.com.br
Realizou-se um estudo sobre o comportamento médio dos fluxos de CO2 Atmosférico em uma área de Manguezal localizada no leste do estado do Pará, utilizando uma torre micrometeorológica de 27 metros de altura, na qual foram instalados um sistema eddy covariance e uma estação meteorológica automática. Encontrou-se uma forte sazonalidade nos fluxos de CO2 neste ecossistema, entre o período chuvoso e seco da região, onde a máxima taxa de fotossíntese sob saturação de radiação PAR variou de –10µmol.m-2.s-1 a –15µmol.m-2.s-1 , respectivamente. Levando-se em consideração a amostragem de dados usados, o ecossistema de manguezal funciona como sorvedouro de carbono em ambas as estações, com uma taxa média de 2,8 T C.ha-1.ano-1, no período seco, e 5,2 T C.ha-1.ano-1, no período chuvoso. Apesar destes resultados variarem sazonalmente, não podemos afirmar que o Balanço de Carbono no Manguezal está em equilíbrio, pois o ecossistema esta continuamente crescendo, e uma parte do carbono é levada para fora da área durante eventos de enchentes. Tanto no período chuvoso como no seco, as medidas realizadas pelo sistema eddy correlation durante a noite, são feitas fora das condições de vento calmo. Na estação seca, cerca de 100% das medidas noturnas foi realizado sob condições de velocidade de fricção superiores a 0,2 m.s-1, enquanto que no período chuvoso este valor diminui para 86%. Além desses resultados será feita uma outra análise para verificar a necessidade de aplicação de correção nestes fluxos noturnos, e descobrir em quanto essa correção vai influenciar na retirada de carbono pelo ecossistema.
Submetido por Paulo Jorge Oliveira Ponte de Souza em 16-MAR-2004
Tema Científico do LBA: CD (Armazenamento e Trocas de Carbono)