Efeitos do estresse hídrico sobre a condutividade hidráulica foliar do xilema em Coussarea racemosa e Eschweilera pedicellata em uma área de floresta tropical úmida amazônica.
Williams
Martins
Castro, UFPA-IPAM, williams@lbaeco.com.br
(Presenting)
Gina
Knust
Cardinot, UFRJ-IPAM, cardinot@ipam.org.br
Daniel
Curtis
Nepstad, IPAM- Woods Hole Research Center, dnepstad@whrc.org
N.
Michele
Holbrook, Harvard University, holbrook@oeb.harvard.edu
Variantes ambientais como a estação seca prolongada, interferem diretamente nos padrões fisiológicos das plantas, entre eles a condutividade hidráulica do xilema. Sob condições de estresse hídrico surgem agravantes físicos como o fenômeno de cavitação. Estudos recentes têm demonstrado que espécies arbóreas da Amazônia têm alta tolerância à seca. Contudo tem-se igualmente observado que, sob estresse hídrico, há alterações significativas na produção e na queda de folhas. Segundo a teoria de segmentação, as folhas seriam as estruturas com maior vulnerabilidade à cavitação. Por outro lado, a manutenção dos processos vitais, sobretudo a fotossíntese, dependeriam da condutividade da água através de seus vasos. Por este motivo torna-se importante entender: (1) a que nível de estresse hídrico as folhas começam a perder condutividade; (2) quais espécies têm maior vulnerabilidade à cavitação. Nossa hipótese é que espécies de sub-bosque tenha menor vulnerabilidade à cavitação. Com o objetivo de determinar parte da capacidade da floresta de resistir à seca, foi avaliada a condutividade hidráulica foliar (KL) de duas espécies freqüentes na área de floresta primária da Floresta Nacional do Tapajós-Pará: Coussarea racemosa (Rubiaceae) e Eschweilera pedicellata (Lecythidaceae), espécies de sub bosque e dossel, respectivamente. Parâmetros de relações hídricas estão sendo gerados utilizando a curva de pressão e volume de cada espécie. Equacionando estes parâmetros, é possível a determinação do KL em um gradiente de estresse hídrico, identificando o ponto de restrição de KL que resulta no fechamento estomático. Estamos na fase final de coleta de dados e objetivamos compará-los aos dados coletados dentro do experimento Seca Floresta, permitindo uma melhor compreensão dos efeitos da seca sobre a floresta e suas estratégias de tolerância a este distúrbio.
Submetido por Williams Castro em 18-MAR-2004
Tema Científico do LBA: CD (Armazenamento e Trocas de Carbono)