Efeito da exploração seletiva de madeira no crescimento e respiração do tronco em floresta de terra-firme na região de Manaus.
Liliane
Martins
Teixeira, INPA, liliane@inpa.gov.br
(Presenting)
Jeffrey
Q.
Chambers, Tulane University, chambers@tulane.edu
Edgard
S.
Tribuzy, INPA, estribuzy@yahoo.com.br
Roseana
P. da
Silva, INPA, rose@inpa.gov.br
Rosana
M.
Rocha, INPA, rocha@inpa.gov.br
Alberto
M.
Pinto, INPA, amartins@inpa.gov.br
Niro
Higuchi, INPA, niro@inpa.gov.br
Susan
E.
Trumbore, University of California, setrumbo@uci.edu
Plínio
Barbosa de
Camargo, CENA/ESALQ, pcamargo@cena.usp.br
Joaquim
dos
Santos, INPA, joca@inpa.gov.br
Entender a resposta da floresta aos impactos da exploração madeireira é importante para explicar o seu funcionamento e participação nas trocas gasosas com a atmosfera. Em uma área de floresta tropical de terra-firme manejada com três diferentes intensidades de exploração seletiva de madeira, realizou-se um estudo para acompanhar o efeito da exploração seletiva no crescimento sazonal e na respiração do caule. Para essas árvores, o crescimento em diâmetro do caule foi acompanhado mensalmente durante 11 meses utilizando bandas dendrométricas e, a respiração do caule, com um analisador de gás infravermelho (IRGA), durante 5 meses. A sazonalidade influenciou a produção de tecido lenhoso, especialmente em parcelas exploradas, entretanto, não mostrou grande influência para os fluxos respiratórios desses tecidos, cujas taxas foram significantes e independentemente relacionadas às taxas de produção do tecido lenhoso e ao diâmetro do caule (p< 0.0001). Isto sugere que, para as mesmas taxas de crescimento, árvores com diâmetros maiores possuem mais tecidos vivos por unidade de área do caule, correspondendo a altos custos de respiração de manutenção. A eficiência do uso do carbono quando relacionada à taxa de crescimento do caule mostrou que no máximo 75% de todo o carbono alocado para os tecidos lenhosos é usado para construção de madeira e que no mínimo cerca de 25% é utilizado para a respiração. Então, árvores que crescem rápido, mesmo com mínima perturbação na floresta, são mais eficientes para construir tecidos, mesmo com baixas taxas de respiração.
Submetido por Liliane Martins Teixeira em 18-MAR-2004
Tema Científico do LBA: CD (Armazenamento e Trocas de Carbono)