Estimativas de volume de madeira na Amazônia Central: efeitos de irregularidades do fuste e ocos
Euler
Melo
Nogueira, INPA - Programa de PG em Ciências de Florestas Tropicais, eulerquait@inpa.gov.br
Bruce
Walker
Nelson, INPA - Ecologia, bnelson@internext.com.br
(Presenting)
O método convencional de estimar área basal e volume de florestas amazônicas presume que o fuste é um sólido de revolução. Devido às irregularidades do fuste e a presença de ocos, tal presunção acarreta superestimativa destes atributos, mesmo quando as medidas são tomadas acima de sapopemas. O erro foi avaliado utilizando 310 árvores com DAP entre 5 e 106 cm, distribuídas em floresta primária densa da Amazônia Central, sobre platôs de latossolo. A amostra inclui 23 árvores com DAP acima de 50cm. Para todas as árvores foram retirados discos transversais: um na altura de 1,36m ou acima das sapopemas, e outro no final do fuste, abaixo do espessamento associado com o primeiro galho grosso. Os discos foram desenhados por margeamento, os desenhos fotografados e a área de cada seção com casca determinada em imagem digital. Extrapolando para inventários, a área basal/ha pelo método convencional foi superestimada em 12,4% e o volume em 12,3%, para todas as árvores acima de 5 cm DAP. O efeito da presença de ocos sobre o volume é de apenas 0,7%, o restante sendo conseqüência da forma irregular do fuste. Para as árvores com DAP acima de 50cm, a área basal/ha é superestimada em 36% pelo medo convencional e o volume em 21,9%. Isto corresponde a uma superestimativa de 20 m3 /ha para o volume de fuste com casca, para as árvores com DAP acima de 50cm. Entretanto, os erros provavelmente não influenciarão as estimativas de biomassa baseadas em volume de fuste.
Submetido por Bruce Nelson em 25-MAR-2004
Tema Científico do LBA: CD (Armazenamento e Trocas de Carbono)