No processo de produção do espaço geográfico um foco diferenciador é a constituição de territorialidades. Quando um grupo social apropria-se de um setor da natureza, territorializa-se nele e modifica-o conforme a sua necessidade de reprodução social, nada mais é do que um exemplo da luta de classes, da luta por territórios. Nesse sentido faz-se necessário a produção de natureza, transformar um ambiente natural em artificial, é o que aconteceu com os lagos de reservatórios de hidroelétricas. Quando essa dinâmica ocorre é correto que se investigue a originalidade da área transformada, principalmente a sua configuração social. Isto exige que no processo de análise das tranformações da natureza em mercadoria, recurso natural, seja englobado no raciocínio de quais os grupos sociais que entram em confronto pela concordância ou não da transformação ocorrida, pois via de regra, camponeses e índios, são os principais afetados por lagos de hidroelétricas e não são considerados no processo decisório de construção/definição do sítio de barragens. a luta pela sobrevivência torna-se a luta por territorialidades pois e nela que ocorre a prática social e seus efeitos, como por exemplo, as queimadas.
Submetido por Reinaldo Correa Costa em 25-MAR-2004