Atividade da fosfatase ácida, uréase e micorrizas em uma área de vegetação secundária de Paragominas, Estado do Pará, dois anos após adubação com nitrogênio e fósforo.
Cláudio José
Reis de Carvalho, Embrapa Amazônia Oriental, carvalho.bel@terra.com.br
(Presenting)
Eric
Atlas
Davidson, The Woods Hole Research Center, edavidson@whrc.org
Tereza
Primo dos
Santos, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, tereza@cpatu.embrapa.br
Ricardo
de Oliveira
Figueiredo, Embrapa Amazônia Oriental, ricardo@cpatu.embrapa.br
Bruno
de Oliveira
Serrão, Bolsista ITI, CNPQ/LBA, bruno_serrao@hotmail.com
Fábio
Carneiro
Dutra, Bolsista DTI, CNPQ/LBA, dutrafc@bol.com.br
Na Amazônia, a área ocupada com vegetação secundária é considerável e aumenta a cada ano. Portanto, o entendimento dos processos que governam a sucessão nestes ecossistemas torna-se importante. Em janeiro de 2000, foi instalado um experimento para avaliar o papel da limitação exercida pela disponibilidade de nitrogênio (N) e fósforo (P) sobre o acúmulo de biomassa da vegetação e recuperação dos ciclos biogeoquímicos, em Paragominas (PA). Usou-se uma área de pastagem degradada, abandonada há seis anos, vegetando sobre um solo pobre em nutrientes, principalmente P (Oxisol argiloso). Foram feitas duas aplicações de fertilizantes (janeiro de 2000 e 2001, 100kg de N e 50kg de P há.ano-1). Em novembro de 2003, foram coletadas amostras de solo, raízes e "litter", para avaliar os efeitos residuais da adubação nos processos ligados a ciclagem de nutrientes. A produção de "litter" total não foi influenciada significativamente pelos tratamentos (estoque de litter fino de 5-6 Mg.ha-1). A adição de N estimulou a atividade da fosfatase ácida no solo (0 a 10 cm), enquanto que com a adição de P a atividade foi inferior a do controle e, a associação com N reduziu somente parcialmente esse efeito. A mesma tendência foi observada no numero de infecções micorrizicas nas raízes apogeotropicas, porém o número de esporos foi significativamente maior na interface "litter" solo das parcelas com N somente. Os resultados mostram que mesmo após dois anos, os efeitos da aplicação dos nutrientes ainda influenciam os processos chave de mineralização do N e P no solo.
Submetido por Claudio José Reis de Carvalho em 18-MAR-2004