Enzima Fosfatase Ácida: Importância e Dinâmica no Ciclo Biogeoquímico do Fósforo em Vegetações Secundárias do Nordeste do Estado do Pará.
Patricia
Chaves de
Oliveira, Universidade Federal do Pará, pchaves@ufpa.br
(Presenting)
Cláudio José
Reis de Carvalho, EMBRAPA-Amazõnia Oriental, carvalho.bel@terra.com.br
Tatiana
Deane de Abreu
Sá, EMBRAPA-Amazônia Oriental, tatiana@cpatu.embrapa.br
As projeções de exaustão das reservas naturais de fósforo (P) daqui a 60-80 anos criam um cenário preocupante quanto à sustentabilidade dos sistemas agrícolas. Na agricultura de subsistência praticada nos solos pobres do Nordeste do Estado do Pará, o P quase sempre é suplementado na forma inorgânica nos cultivos de feijão, milho e mandioca na agricultura. Alternativamente, o uso de fontes orgânicas de P, como o "mulch" oriundo de espécies acumuladoras deste elemento pode ser um modo mais barato de suprir este nutriente. No entanto, o aproveitamento do P orgânico pelas plantas está relacionado à atividade da enzima fosfato monoesterase (fosfatase ácida), exsudada pelos sistemas radiculares de determinadas espécies e por microorganismos do solo em situações de déficit. Com o objetivo de caracterizar a dinâmica desta enzima na rizosfera de espécies acumuladoras de P (Neea macrophylla e Cecropia palmata) e não acumuladoras (Casearea arborea) em solo com baixo teor de P disponível (Mehlich 1) foi determinada a atividade desta enzima pelo método proposto por Tabatabai (1977 ) em amostras de solo localizadas a 40, 80 e 120 cm de distância do caule e a 20 cm de profundidade. Os resultados mostraram uma variação da atividade da enzima em função da distância para todas as espécies. Porém, a atividade não foi maior no solo próximo às espécies acumuladoras de P como seria esperado. Provavelmente a deficiência de P desencadeia o aumento da produção da enzima em microorganismos e raízes de plantas superiores comuns na Região.
(Projeto Financiado por LBA-Milênio)
Submetido por Patrícia Chaves de Oliveira em 24-MAR-2004