Representatividade e limitações dos dados da detecção orbital de queimadas do INPE
Alberto
W
Setzer, INPE/CPTEC, asetzer@cptec.inpe.br
(Presenting)
Este trabalho resume informações da representatividade da detecção de queimadas feita pelo INPE em imagens de satélites em relação aos focos observados por equipes de campo, assim como das limitações inerentes ao processo de detecção. Para tanto, são usados relatórios de usuários e comparações da detecção feita por satélites e sensores distintos. Por exemplo, no caso das unidades de conservação federais em 2003, apenas o satélite NOAA-12 detectou 88% das ocorrências registradas nas unidades. O uso de outros satélites aumenta esta representatividade, levando à conclusão esperada de que quanto maior o número de imagens, maior o número de detecções. Condições locais altamente variáveis como cobertura de nuvens, pequenos focos e fogo rasteiro no interior de florestas densas, e características do imageamento como horário da imagem, ângulo de visada, ruídos do sensor e na recepção, resultam em restrições no número de focos detectáveis. Características dos algoritmos de detecção que têm finalidade de eliminar falsos sinais de queimadas, tendem a minimizar o número de ocorrências registradas. E imprecisões no cálculo da posição real dos focos também adiciona limitações aos dados. A detecção orbital de queimadas deve ser considerada como o melhor dado possível, mas sempre subestimado em relação à realidade.
Submetido por Alberto W Setzer em 25-MAR-2004
Tema Científico do LBA: LC (Mudanças dos Usos da Terra e da Vegetação)