A ocupação econômica da Amazônia brasileira é analisada como um processo sistêmico caracterizado pelo contágio entre regiões vizinhas ao longo do tempo e condicionado pela características do clima, do solo e o custo de transporte.
Esse processo é descrito por 3 atividades: agrícola, pecuária e extração de madeira, caracterizadas pela sua intensidade ou pela extensão. A interação entre as medidas de intensidade ou de extensão e o custo de transporte, caracteriza o processo de ocupação. Formalmente o processo da ocupação é descrito de foram complementar por um modelo dinâmico e um modelo estático. O primeiro descreve a ocupação como um processo espaço temporal e o segundo ignora o aspecto temporal isolando o espacial. A dinâmica espacial da ocupação representada pelo primeiro modelo induz a formação de conglomerados de regiões vizinhas que apresentam valores semelhantes de algumas das variáveis que caracterizam a ocupação. Este padrão espacial é descrito pelo segundo modelo que focaliza a iteração entre as quantidades de cada região e as quantidades das regiões vizinhas.
Os modelos foram estimados tomando como unidade os municípios da Amazônia Legal. A fonte de informação são os censos agropecuários realizados para os anos de 1970, 1975, 1980, 1985 e 1995 e a pesquisa realizada sobre custo de transporte no Brasil (Castro 2002).
A abordagem sistêmica esta limitada pelo nível de agregação, o que na AML é uma restrição importante devido a dimensão das regiões.