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Abstract ID: 564

Estoques de carbono e rentabilidade de Sistemas Agroflorestais na Amazônia Ocidental

Os impactos humanos sobre as florestas tropicais através de atividades como a agricultura de derruba e queima têm aumentado as áreas cobertas por florestas secundárias e consequentemente sua utilização. Sistemas agroflorestais multiestratos são uma das alternativas de uso da terra que, geram renda ao longo do tempo e seqüestram e estocam carbono, em especial o do componente florestal. Os objetivos do trabalho foram avaliar os estoques acima do solo em sistemas agroflorestais com 12 anos de idade e analisar sua rentabilidade financeira. As estimativas de biomassa seca acima do solo (kg.ha-1) foram calculadas através das equações de regressão alométricas de Schroth et al., 2002. Na determinação da rentabilidade do investimento foram utilizados como indicadores de viabilidade: a) a relação benefício-custo (RBC); b) Valor Presente Líquido (VPL); e c) a remuneração da mão-de-obra familiar (RMOF). Foram selecionados Sistemas Agroflorestais Multiestratos com densidade de 170 plantas.ha-¹ de cupuaçu (Theobroma grandiflorum), 60 plantas.ha-¹ de castanheira (Bertholletia excelsa) e 40 plantas.ha-¹ de pupunha (Bactris gasipaes), em arranjos adotados pelo RECA. Os componentes cupuaçu, castanheira e pupunha estocaram 0,83, 12,00 e 1,50 t.ha-1 de carbono respectivamente. Na análise dos resultados financeiros observou-se que a RBC foi calculada em 1,11. Este valor significa que para cada R$ 1,00 empregado na atividade, retorna R$ 1,11 ao produtor. O VPL calculado foi de R$ 2.409,67. Ressalta-se que a atividade recompensa a diária da mão-de-obra familiar em R$ 23,00. Portanto, superior ao custo de oportunidade da mão-de-obra na localidade. Neste sentido, a atividade apresenta viabilidade financeira, uma vez que os indicadores analisados apresentaram valores positivos.

Session:  LCLUC and Human Dimensions - The role of secondary forests in the Amazon.

Presentation Type:  Poster

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